Sistemas autônomos e seu impacto na indústria 4.0

Quando o assunto é novas tecnologias e indústria 4.0, os sistemas autônomos são um tópico que não pode deixar de ser abordado, haja vista o seu enorme impacto no futuro e mesmo no presente do mundo corporativo.

Um sistema com autonomia pode ser definido como um serviço que trabalha com o paradigma da automação. Em outras palavras, são sistemas que se “autoajustam”, “autorreparam” e “autoatualizam“.

Assim, alguns exemplos de sistemas autônomos incluem bancos de dados, computação em nuvem, serviços de integração e outros que fornecem a base material para o desenvolvimento dos processos e tarefas necessários para o dia a dia das empresas.

A autonomia desses sistemas vai além da mera automatização e configuração de serviços para a repetição de tarefas monotônicas. Na verdade, o conceito de sistemas autônomos é bastante pautado por tecnologias avançadas, como a inteligência artificial e o aprendizado de máquina.

E como se deu o seu desenvolvimento para aplicação no atual cenário?

Desenvolvimentos para o atual cenário tecnológico

Alguns avanços tecnológicos conquistados nos últimos anos marcaram o surgimento de um paradigma inteiramente novo, baseado em alguns desenvolvimentos que, agora, alimentam todos os subsequentes, com irradiações sem precedentes.

É o caso da inteligência artificial e do aprendizado de máquina. Graças a esses avanços, o uso de soluções computadorizadas deixou de ser apenas uma forma de substituir o manual pelo digital, mas sim de dar uma vida própria aos processos e sistemas conduzidos pelas máquinas.

Em grande parte, esses desenvolvimentos foram necessários para fazer frente ao surgimento de novas tecnologias e, consequentemente, do dilúvio de dados e informações por elas produzidos. Para fazer frente à necessidade de coletar, analisar e sistematizar todos esses dados, os computadores precisaram tornar-se autônomos em relação aos seus operadores.

Essa autonomia não quer dizer que a máquina passou a agir de forma independente. Antes, a autonomia dos sistemas se dá pelo fato de ser agora possível conferir a possibilidade de adaptação imediata a novos ambientes ou inputs humanos, bem como de otimizar, de forma automática, a performance esperada.

Sem esses dois desenvolvimentos, os sistemas não poderiam ser considerados autônomos nem teriam a capacidade de serem utilizados na indústria 4.0 com resultados expressivos.

Aplicações na indústria 4.0

A indústria 4.0 é uma ideia que representa a nova perspectiva que se apresenta para o universo industrial nas próximas décadas, baseada em automação e integração de diversas tecnologias, a exemplo de aprendizado de máquina, inteligência artificial, internet das coisas, computação em nuvem, robótica etc.

Essa perspectiva, na prática, revela a possibilidade de uma indústria com atividades digitalizadas, processos otimizados e, no geral, uma maior produtividade.

Percebe-se, de pronto, que a aplicação dos sistemas autônomos na indústria 4.0 é algo inerente ao seu próprio conceito. Mais do que isso, sem tais sistemas o desenvolvimento da perspectiva 4.0 se mostra prejudicada.

As aplicações dos sistemas autônomos nessa nova indústria são bastante variadas, abrangendo uma ampla gama de processos, serviços e tarefas. Um exemplo importante são os processos de TI.

O modelo tradicional das operações de TI envolvem o dispêndio do tempo dos colaboradores com instalações, manutenções, atualizações e ajustes, ou seja, tarefas mecânicas que não são compatíveis com um trabalho técnico de ponta, necessário para a competitividade da empresa na economia digital contemporânea.

Impactos nos resultados

A implementação dos sistemas autônomos tem trazido significativos impactos sobre os resultados da indústria 4.0.

O uso dessas tecnologias automatizadas tem permitido aumentos consideráveis na produtividade das empresas. E não se trata apenas de grandes multinacionais com recursos infindáveis para modernizar seu modo de produção.

Em 2019, o SENAI publicou os resultados do programa Indústria Mais Avançada, por meio do qual estudou os impactos da implementação de tecnologias da indústria 4.0 em 43 empresas, micro, de pequeno porte e médias, espalhadas por 24 estados.

No projeto, trabalhou-se com a implementação de sistemas autônomos de custo relativamente baixo, a exemplo de computação em nuvem, sensores e internet das coisas. Os resultados do programa foram impressionantes, registrando-se um incremento médio de 22% na produtividade das empresas, atuantes em setores tão diversos quanto vestuário, metalurgia e alimentação.

Concluiu-se pelo estudo que o ganho na capacidade produtiva se deveu, principalmente, ao aprendizado proporcionado pela implantação dos sistemas autônomos, e a forma como esse aprendizado gerou medidas concretas.

Vale destacar que os agentes que mais se beneficiaram do implemento das tecnologias 4.0 foram as microempresas.

Desafios e soluções

Há ainda grandes desafios para a adoção abrangente dos sistemas autônomos na indústria e nas empresas de forma geral.

Os principais obstáculos a serem superados envolvem, em primeiro lugar, as limitações relacionadas ao investimento em equipamentos que operem sistemas autônomos. Em segundo lugar, tais investimentos também dizem respeito a necessárias adaptações a processos, layouts e relacionamento entre agentes ao longo da cadeia produtiva.

Além disso, para fazer frente a todos esses desafios, novas especializações e competências serão necessárias na leva futura de colaboradores.

No atual cenário, são poucas as organizações que efetivamente estão prontas para se adaptarem a tantas mudanças de uma só vez. No entanto, diversas empresas já estão operando dentro do novo paradigma e, nesse sentido, podem oferecer soluções para a difusão e adoção dos novos sistemas autônomos, de forma gradual.

Presença no dia a dia das empresas

Além de afetar os resultados da indústria 4.0, os sistemas autônomos não deixam de ter impactos sobre o dia a dia da maioria das empresas.

Sua presença na rotina empresarial não é algo que possa ser dispensado, uma vez que, diante da evolução do cenário competitivo, essas tecnologias tornam-se cada vez mais necessárias. Devemos, inclusive, chegar ao ponto em que sua adoção não será mais questão de inovação, mas de mera sobrevivência no mercado.

Em todo caso, os efeitos dos sistemas autônomos sobre o cotidiano das empresas são notáveis, dentro do âmbito mais geral do processo de transformação digital do século.

Para retomar a visão de Mark Hurd, a tecnologia deve estar presente nas empresas para automatizar os seus processos e permitir que os colaboradores possam explorar suas competências de forma que irá trazer mais valor ao negócio, valorizando o elemento humano ao direcioná-lo à busca pela inovação, e não à mera reprodução de tarefas mecânicas.

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