Desde o surgimento da humanidade, o homem vive numa busca constante de meios para facilitar seus afazeres. Quando se fala em indústrias, especialmente, vale ressaltar que ela sempre viveu e ainda vivem constantes momentos de transformações, seja para atingir melhores resultados, para a expansão no mercado, para aprimorar os processos de produção e o relacionamento com os públicos, entre muitos outros segmentos. Ao longo dos anos, a tecnologia e todas as inovações relacionadas estão cada vez mais presentes nas diferentes atividades cotidianas industriais.
O impacto da utilização dos recursos tecnológicos na indústria é histórico e proporciona uma grande variedade de benefícios em todos os setores. O uso de drones, reconhecimento de imagens, inteligência artificial, fibras óticas e os diferentes softwares de computador, por exemplo, são apenas alguns dos recursos implantados que trazem cada vez mais vantagens para qualquer tipo de negócio. Nesse contexto, a internet se destaca em razão das inúmeras facilidades em todas as funções dentro de uma empresa.
Revolução industrial e as transformações mundiais
Seja na questão da sobrevivência, no período pré-histórico, com a construção das ferramentas e técnicas para facilitar nas atividades diárias; ou bem mais adiante, com a primeira Revolução Industrial, na Inglaterra, na segunda metade do século XVII, nos modos de produção ou nas relações de trabalho, todo o desenvolvimento tecnológico mudou a maneira de viver da sociedade do mundo inteiro.
Além de consolidar o capitalismo e o surgimento das indústrias, a Revolução Industrial influencia fortemente cada vez mais a economia mundial, bem como o modo de vida das pessoas. Diretamente relacionada com a história da ciência, as tecnologias e suas inovações são o resultado da busca de conhecimento científico para a elaboração de coisas úteis para a vida cotidiana.
A diferentes fases da Revolução Industrial
Considerando que o que caracteriza uma revolução é a mudança radical ocasionada na maneira de viver dos indivíduos, todo o conjunto de variações está dividido historicamente em algumas fases: a Primeira, a Segunda, a Terceira Revolução Industrial, além da Quarta Revolução, também conhecida como Indústria 4.0, tendo cada uma delas suas principais características e particularidades.
Visto que estamos a caminho de uma Quinta Revolução Industrial – Indústria 5.0 – e que cada uma dessas fases simboliza a concretização de um avanço tecnológico histórico, vemos que cada mudança industrial e tecnológica afeta diretamente a vida em sociedade.
Primeira Revolução Industrial
Pioneira nos avanços tecnológicos, a Inglaterra foi o palco da primeira Revolução Industrial, que aconteceu por volta de 1760 e durou até meados de 1840, conhecida pela implementação da energia a vapor e da mecanização nos processos de produção.
Os principais equipamentos que entraram em cena e proporcionaram a mecanização das atividades das indústrias têxteis, siderúrgicas, metalúrgicas e de transporte na época foram as máquinas a vapor, as de fiar e o tear mecânico, que utilizavam o carvão de combustível para o funcionamento.
O trabalho manual foi substituído, então, por processos industriais, ampliando o mercado consumidor, bem como o comércio internacional. Quem tinha as condições financeiras necessárias para a implementação de tais processos inovadores na época eram os burgueses e, em consequência, a classe operária surgiu nesse momento com a participação da mão de obra nas fábricas.
Segunda Revolução Industrial
Todas as inovações tecnológicas da primeira fase foram sendo aprimoradas com o passar do tempo, o que deu sequência às transformações e, consequentemente, a Segunda Revolução Industrial, no século XIX, entre os anos 1850 e 1870 até o período de 1939 a 1945, com a Segunda Guerra Mundial.
Se antes as transformações industriais ficavam restritas à Inglaterra, que se tornou uma grande e importante potência econômica do mundo, agora nessa fase os avanços ultrapassaram as fronteiras e se expandiram para os demais países, tais como Estados Unidos, Alemanha, Itália, França e Rússia.
O destaque da vez ficou a cargo da invenção e do desenvolvimento de diversos outros recursos tecnológicos, como a eletricidade, as linhas de montagem, a utilização do aço, combustíveis e derivados do petróleo, bem como o motor a explosão, locomotiva a vapor e produtos químicos, o que aumentou o número de empresas nesses setores de maneira significativa e, consequentemente, intensificou o mercado de consumidores. Além do aparecimento dos meios de comunicação, invenção da lâmpada incandescente e inovações na área médica.
Foi neste momento que Henry Ford aplicou tais descobertas no setor automobilístico, com a automatização do trabalho, transformando totalmente o modo de produção, que passou, então, a ser em massa. Com os automóveis sendo montados em partes na correia transportadora, o processo se tornou mais rápido e barato, concretizando a racionalização do trabalho.
Terceira Revolução Industrial Técnico-Científica-Informacional
As inovações não pararam de avançar, afetando as relações de trabalho e sociais como um todo. Após o término da Segunda Guerra Mundial, a partir da década de 1950, todo o desenvolvimento tecnológico até então foi além da questão de modos de produção e
começou a fazer parte do campo científico.
Aparelhos celulares, computadores, fax e a engenharia genética foram alguns dos principais elementos característicos da época, além das transformações nas mais diversas áreas do campo científico com o crescente e veloz avanço tecnológico, inclusive no sistema produtivo, na comercialização e na qualificação de mão de obra.
Neste período da história, o destaque ficou para as indústrias de alta tecnologia avançada, como a genética, a informática, a robótica, eletrônicas e telecomunicações. As tecnologias mais antigas foram aprimoradas, com maquinário mais precisos e rápidos, sempre visando baixar os custos de produção e aumentar os lucros.
Desenvolvimento da internet, a fabricação de softwares e computadores cada vez menores e com maior capacidade de armazenamento, a utilização da energia atômica em foguetes e satélites, modernização de aparelhos telefônicos, bem como a invenção de novos medicamentos, o que possibilitou o aprimoramento de tratamentos e prevenções de determinadas doenças, são algumas das consequências da terceira fase da Revolução Industrial.
As relações sociais continuaram, igualmente, se transformando, bem como a interação entre as pessoas e com o meio no qual elas viviam, inclusive com mais praticidade em muitos afazeres que a tecnologia possibilitou. Estar conectado de modo instantâneo foi o grande e importante passo da globalização, que abriu portas a conexão entre culturas, línguas, histórias, tradições.
Era o período o qual as indústrias estavam, ao mesmo tempo, se espalhando pelo mundo e aprimorando os processos produtivos, fazendo uso das novas tecnologias que surgiam a toda hora. A quantidade de empresas multinacionais, nessa fase, aumentou de maneira significativa.
Indústria 4.0 a Quarta Revolução Industrial
Caracterizada por uma tendência de produção 100% automatizada, com sistemas ciberfísicos, e iniciada em meados de 2010 a partir de um projeto de digitalização de manufatura do governo alemão, a revolução digital da quarta fase da Revolução Industrial apresenta impactos, velocidades e alcances superiores a qualquer tempo e espaço, se comparados às outras fases anteriores.
Com neurotecnologia, nanotecnologia, biotecnologia, a utilização de inteligência artificial, internet das coisas, big data, machine learning, robótica, computação avançada, drogas, impressoras 3D e sistema de nuvens, por exemplo, esta fase é o resultado do aprimoramento constante dos instrumentos, métodos e técnicas tecnológicas ao longo de toda a história.
O que vem com a tecnologia 5.0?
Trata-se de um momento que nos mostra que a tecnologia nunca para de avançar, principalmente no meio industrial. Com os avanços tecnológicos se tornando comuns no nosso dia a dia, estamos caminhando em direção a uma quinta fase da Revolução Industrial, com rápida aproximação e a chegada da tecnologia 5.0.
A nova fase vai ter como base a humanização, diversidade, descentralização, resiliência, sustentabilidade, harmonia ambiental e economia na resolução de problemas e agregação de valores. Nesse contexto, as máquinas inteligentes terão cada vez mais espaço e as funções operacionais darão lugar aos softwares e às inteligências artificiais, fator responsável pelo crescimento das profissões relacionadas à tecnologia.
A preservação do meio ambiente e outras questões da natureza estão recebendo cada vez mais atenção, bem como ações que visam à redução do excesso de uso de recursos, o prolongamento da vida útil de peças e produtos, entre outros fatores. A qualidade de vida da população, por sua vez, também é um das principais preocupações, frente à evolução da medicina, das condições de acesso à educação, saneamento básico e capacitações para acompanhar os avanços da tecnologia.
Cada vez mais avançada, o tecnologia invadiu praticamente todos os momentos da vida em sociedade, principalmente no mercado de trabalho, que investe e exige cada vez mais conhecimentos das ferramentas específicas. No entanto, mais importante do que conhecer as novas tecnologias é compreender as mais antigas.
Por esta razão, seja dentro das empresas ou em qualquer lugar, relacionado ao trabalho ou não, que frequentamos, se adaptar à todas as transformações existentes, é fator essencial nos dias de hoje, em que a tecnologia está em tudo ao nosso redor.
Diante de todo o desenvolvimento tecnológico e seu impacto na indústria mundial, percebemos que as novas tecnologias presentes nas revoluções industriais mudaram completamente a vida da humanidade e a tendência é que tais inovações continuem acontecendo e marcando cada vez presença em nosso cotidiano, em todos os aspectos.